A proposta brasileira
O Brasil e a cidade de Brasília
propõem para o 8º Fórum Mundial da Água, em 2018, o tema “Compartilhando Água”.
Esta proposta temática buscou, inicialmente, uma articulação com os temas das
edições anteriores, visto que as realizações sequenciais dos fóruns, em alguma
medida, busca contribuir para as ações globais referentes ao uso racional e
sustentável da água.
Historicamente, as três últimas
edições do fórum, realizadas no México, Turquia e França, e a próxima, a
realizar-se na Coréia do Sul, mostram um encadeamento lógico de “ações locais
para desafios globais”, para “criando pontes pela água”, constatando ser um
“tempo de soluções” e, em 2015, apontando para “futuro da água, juntos”.
Em se tratando de água, recurso
essencial para o homem, para o equilíbrio dos ecossistemas do planeta e para o
desenvolvimento das nações, a proposta de estruturação temática do 8º Fórum
levará em consideração, ainda, a relevância global da água e suas conexões com
as esferas regionais, nacionais e locais. A proposta de compartilhamento de
experiências visa evitar posicionamentos continentais ou regionais e buscar,
prioritariamente, o intercâmbio de experiências em um contexto global.
Espera-se, com a adoção do tema
central proposto e aceito, compartilhar ideias entre a sociedade civil,
compartilhar boas práticas e soluções, compartilhar benefícios para a
utilização da água e, de forma mais geral e ampla, compartilhar cooperação
entre as nações.
O Brasil compartilha duas das
maiores bacias hidrográficas do planeta – Bacia Amazônica e Bacia do Prata,
que, juntas, fazem fronteira internacional com 10 países: Guiana Francesa,
Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e
Uruguai. Esta vasta experiência justifica a pertinência do tema “Compartilhando
Água”.
É importante ressaltar que a
realização do 8º Fórum Mundial da Água no Brasil se tornará o primeiro evento
no hemisfério Sul, o que significa uma decisão atual e oportuna do Conselho
Mundial da Água em termos geopolíticos e muito significativa no conjunto dos
países representados no Conselho.
PROGRAMA
TEMÁTICO, REGIONAL E POLÍTICO
O detalhamento futuro da
programação temática procurará refletir as demandas e os interesses dos países
e das regiões continentais referentes à gestão dos recursos hídricos incorporando,
ainda, os resultados do 7º Fórum e as atualizações decorrentes das políticas e
ações a serem postas em prática nos próximos anos.
A estrutura de planejamento, especialmente na fase preparatória do 8º Fórum,
permitirá que a programação temática do evento em 2018 esteja ajustada aos
interesses dos países e às possibilidades de intercâmbio e compartilhamento de
experiências, proposta central do evento.
A programação temática para 2018
será ancorada nas questões afetas a compartilhamento de benefícios para água,
induzindo ao intercâmbio de soluções e boas práticas, e, num horizonte mais
amplo, à cooperação entre países e instituições nos diferentes aspectos que
compõem a agenda da água no planeta.
A proposta brasileira sinaliza alguns temas de interesse global, sempre no
contexto do “compartilhamento de benefícios da água”, e que incluem Governança
da água nos cenários nacional e internacional; Mudanças climáticas e recursos
hídricos; Reuso e uso racional da água; Água e energia; Água e saneamento; e
Água e segurança alimentar.
A estruturação do programa para o
8º Fórum inclui a consideração clássica adotada pelo Conselho Mundial da Água
da abordagem regional nas atividades preparatórias na definição do programa
técnico do evento. Desta forma, espera-se que as demandas e especificidades das
diversas regiões do planeta sejam exploradas para posterior apresentação e
discussão em âmbito global no próprio evento, permitindo a identificação de
convergências e assimetrias e uma melhor e mais justa definição de resultados e
recomendações.
O tema central para 2018
certamente contribuirá para ações de cooperação, fortalecimento dos países em
desenvolvimento e maior intercâmbio com os países desenvolvidos, e priorização
de ações que maximizem a necessária articulação para a conservação e uso
racional da água no planeta.
Para tanto, será fundamental que os processos regionais, continentais ou por
agrupamento de países, sejam realizados com a participação de
instituições-chave e lideranças locais, de modo que as demandas, anseios e
necessidades locais sejam contempladas nas decisões e recomendações do fórum.
O Programa Político considerará
os procedimentos e estruturação adotados pelo Conselho e, neste caso, contará
com o apoio do setor político brasileiro, centrado no Congresso Nacional, e que
dispõe de Câmaras Técnicas e Comissões que tratam dos temas mais relevantes do
país, sendo recursos hídricos um desses temas prioritários da pauta política do
país.
Essa importância para o tema água
neste cenário político tem se traduzido na expressiva participação de
parlamentares brasileiros nas últimas edições dos fóruns mundiais da água. Está
prevista a realização de uma Conferência Ministerial, capitaneada pelo
Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério das Relações Exteriores, que
deverá contar com a participação de outros importantes ministérios brasileiros
com atuação no tema água: Integração Nacional, Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário, Cidades, Saúde, entre
outros.
Esse amplo programa conta, ainda,
com a expectativa de realização do Fórum Cidadão e da tradicional Feira e
Exposição. O Fórum Cidadão tem despertado interesse maior em cada edição do
fórum e, em se tratando do tema água, pela crescente participação da sociedade
civil em comitês, em representações de agências de bacia, em congressos
específicos do tema e em grandes encontros mundiais sobre meio ambiente nos
quais uma agenda importante diz respeito aos recursos hídricos.
A Feira e Exposição dos fóruns
mundiais têm se transformado em um dos pontos altos do evento, tanto em termos
de representação institucional, como de participação pública e de suporte
financeiro para o orçamento total do evento.
Brasília oferece duas extraordinárias opções para a realização da Feira e
Exposição do 8º Fórum, ambas com localização contígua ao Centro de Convenções e
com fácil interligação com as demais instalações do evento. Essas áreas atendem
aos requisitos do Conselho Mundial da Água referente ao porte das instalações,
recursos operacionais e de suporte, acessibilidade, entre outros.
A esse conjunto de componentes clássicos do fórum, o Brasil e a cidade de
Brasília sugerem a realização do Fórum da Sustentabilidade como proposta para
um evento inovador na agenda do evento principal e que traga reflexões de
diferentes setores institucionais sobre o tema da água e sua importância
social, econômica e ambiental.
O objetivo é discutir o tema da
água sob a perspectiva da sua sustentabilidade de uma forma que amplie o
espectro institucional presente em fóruns similares e que inclua,
prioritariamente, os jovens, estudantes, representantes da sociedade civil de
diferentes perfis, mídia, empresários entre outros.
A estrutura do programa deste
fórum considerará a discussão da questão central da água à luz dos três pilares
clássicos do conceito de sustentabilidade: o social, o econômico e o ambiental.
Espera-se que os resultados desse
fórum complementem as abordagens de cunho mais técnico, político e regional, de
modo que os resultados globais do 8º Fórum de 2018 possam contribuir
efetivamente para que futuras gerações se comprometam com modelos de
desenvolvimento e de gestão de recursos hídricos mais sustentáveis.
A proposta brasileira busca principalmente compartilhar água com todos , busca formas de tratar e de poluir o mínimo possível para que haja água própria para o consumo de todos , busca a contribuição de outros países também para que isso ocorra em todo o planeta , pois todos precisamos de água , ela é essencial para a vida e se não for tratada de forma adequada vai chegar um ponto que não poderá mais ser utilizada , pois estará muito poluída .
ResponderExcluirNatália Moraes Weirich nº30 1ºMA